Após ter montado a encenação da Aparição de Nossa Senhora de Sion em quatro dias, a nova companhia de artes reuniu-se várias vezes para direcionar o projeto, batizá-lo de Companhia de Artes Père Marie e decidir qual a próxima produção. A primeira oportunidade de voltar à cena com mais tempo e planejamento foi decidida rapidamente, para o último sábado de maio, com a encenação de “A Mulher do Gênesis ao Apocalipse”.
Reuniões, reuniões, reuniões. A loucura da arte e da cruz, juntas.
Parece simples, mas desde então muita coisa aconteceu. A equipe diretora perdeu um membro importante, (não morreu, foi se dedicar aos estudos) que praticamente havia dominado a infraestrutura da encenação anterior. Após isso começaram as reuniões, laboratórios e ensaios iniciais com o texto, que sofreu alterações para ficar mais identificado ao local de apresentação, a própria capela da comunidade Nossa Senhora de Sion.
Inevitável no teatro popular, as trocas de atores, personagens e esquema de palco foram tornando o espetáculo um desafio cada vez maior, apesar de ser curto, e considerado praticamente um embrião para as próximas apresentações. Na produção, para a próxima peça, a primeira definição, na maquiagem: Adriana Nunes.
Adriana, revelação na maquiagem.
Com a chegada dos integrantes do Moto Clube Dragões da Noite, Aninha, Cicatriz e Papalégua, sangue novo na peça. Novas atividades comandadas pela Ana Carolina, Robson e Allan durante os ensaios procuravam desenvolver e entrosar o time, mas sempre com muitas faltas. Rafael do Projeto Território Jovem assumiu, inicialmente a iluminação. Depois, ficou com a Sonoplastia e quem comandou a iluminação foi Diego de Lima.
Construindo personagens.
Correria pela arte.
Enquanto isso, a diretoria se envolveu com os orçamentos. Figurino, maquiagem, som, luz…claro que não temos grana, e também sabemos que a sacolinha não vai render muito, mesmo assim o projeto não pára.
Mas eis que, nas três últimas semanas, mais sangue novo para a peça, com a chegada da Nathy e da Jennifer, e dos reforços do Projeto Território Jovem: Kelly, Bruna e Bárbara.
Jennifer, Bruna, Robson e Kelly. Cuidado com eles.
Bárbara e André, já em cena.
Com o tempo passando, e os horários conflitando, a solução foi tentar ensaiar por partes, por núcleo de personagens, e faltando três semanas para a peça, começam os agendamentos de ensaio por núcleo. Samaroni e Rafael Oedmann começaram a ensaiar as narrativas em separado, com a trilha sonora.
Duros dias à procura de material para o figurino quando surge o Grupo Lanteri, através da Andressa (Pãozinho) e o seu marido, o Rafael, que no dia da peça acabou atuando como José! É, agora era só ensaiar e finalizar a peça.
Pãozinho e Rafael do Grupo Lanteri, e Aninha do Moto Clube Dragões da Noite.
Agora, depois da peça apresentada, já fica um pouco da saudade do clima de expectativa, ensaios cansativos, mas também a sensação de compensação e de que o planejamento merece revisões e correções.
Segundo Ana Carolina, diretora responsável pelo Elenco e Comunicação da companhia, a peça “revelou surpresas agradáveis de pessoas de quem antes não esperávamos tanta dedicação, e também o crescimento notável de atores como Samarone Martins e Gabriele B. Pepe”. Allan, diretor geral da compania e autor do texto e roteiro da peça, reforçou como é importante a parceria “de organizações como o Projeto Território Jovem, que nos auxiliou com atores e equipamentos, e o conhecimento que adquirimos com a Andressa do Grupo Lanteri, além dos figurinos”.
Numa batalha, sempre se perdem bons e maus.
E não esqueceremos nunca a paciência da comunidade Nossa Senhora de Sion, (viramos a igreja, literalmente de “pernas pro ar”) através do seu conselho de Pastorais, representado dignamente pela Lucinete Adam, coordenadora da comunidade.
Ao público, nossa gratidão, carinho, respeito, e podem esperar por mais, afinal, somos tudo o que vocês quiserem!
Desta vez, não coube todo mundo na foto. Tem mais no nosso perfil do Orkut.