Profissão digna: catador de papel

A obra é do artista plástico JOÃO WERNER.

Já que na quinta-feira, dia 9, nosso excelentíssimo presidente estará aqui em Curitiba participando da Marcha de Mobilização dos Catadores de Materiais Recicláveis, achei o tema interessante para falar. Lula, se você achar que ajuda, pode usar meus comentários na quinta, ok? (#not).

Enfim. Catadores de papel têm ou não têm uma profissão digna?

Eu acredito que sim. E acho que é uma profissão muito mais digna que outras que existem. Se não fosse o tiozinho que passa na sua casa toda semana catando o papel que você, nerds computadorizado, que usa produtos que são embalados na maioria em papel, quem cataria? Quem levaria isso para o lugar certo?

Nem ao menos as pessoas separam direito o papel. Você separa? Aqui é tudo certinho.

Mesmo que seja um trabalho sofrido, que faz um indivíduo puxar quilos e quilos de papel, andando por muitos kilômetros – muitas vezes desprevinidos com o tempo-, eles merecem reconhecimento. Eles são muito mais dignos que muitos publicitários por aí (exemplifico pela minha profissão porque conheço e tenho liberdade para dizer).

Quantos catadores de papel temos? E agora me diz, quantos publicitários se formam todos os anos?

Precisamos valorizar muito mais os carrinheiros! Poxa.

Catar papel é um serviço que deveria ser realizado pelo governo. Estes pobres coitados, que não tem outra saída, deveriam ter um salário que os ajudassem mais. Eles também precisam ter direito ao FGTS e seguro. Quanto mais que nós estes sujeitos trabalham? Não é justo que eles sobrevivam apenas dos quilos de papéis que carregam por dia.

Claro, desconsiderando aqueles que não o fazem sua profissão dignamente, o que temos em todas as áreas do mundo.

Enfim, Lula, dá uma força para esses caras. Vamos fazer aqui em Curitiba o que fazem pelos carrinheiros no RJ. Vamos dar a eles seus direitos. Se queremos melhorar a situação dos mais pobres da sociedade, um caminho com certeza é esse.

Fui.